quinta-feira, 17 de julho de 2008

O PODER DE UMA FRUSTRAÇÃO

O PODER DE UMA FRUSTRAÇÃO –parte - 3
- Cristina, Cristina, acorda! Vamos, acorda!
Abriu os olhos ainda chorosos e viu-se diante do marido que, aflito, perguntava:
- É um pesadelo? Ou você está sentindo alguma dor?
Cristina sentou-se na cama e continuou soluçando. O marido, com seus braços, a envolveu ternamente e procurou tranqüilizá-la.
- Foi apenas um pesadelo. Estou bem, disse Cristina com dificuldade sem conseguir parar de chorar.
O pesadelo acabara e toda a problemática nele levantada, não mais existia. O que a angustiava era a insensatez que emergira do seu inconsciente. Para realizar o seu desejo eliminara todos os familiares, até do marido, seu querido companheiro de tantos anos! Como uma simples notícia de jornal pudera, de modo tão radical, acordar uma velha frustração e arquitetar um plano tão absurdo para realizá-lo? Talvez Freud pudesse explicar... Ela, simplesmente, não entendia.
Aninhada nos braços do marido, mais calma, decidiu. Não contaria para ninguém o seu sonho maluco. Seria o seu segredo e, quem sabe, um dia o esqueceria.

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