segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PROFESSOR: VALE A PENA SER? – parte 2

Ora, como permitir que isso aconteça quando temos o privilégio de ter nas mãos a possibilidade de participar efetivamente na construção de um mundo melhor? Não, não é exagero!
Quem melhor que o professor pode contribuir para “fazer cabeças bem feitas ao invés de cabeças cheias ” ? É ele que pode incentivar a crítica e a auto-critica nos seus alunos levando-os à lucidez e compreensão e, de modo mais amplo, a mobilização de todas as aptidões humanas. Estaria aí um caminho para se viver melhor.
Vivemos uma época de incertezas num mundo em constante mudança. Novamente é o professor que pode fazer a convergência de diversos ensinamentos, mobilizando várias ciências e disciplinas para enfrentar essas incertezas. É ele ainda que pode incentivar seus alunos a aceitarem com fé e esperança todos esses desafios.
Todas essas cogitações voltadas para o aprendizado da vida e para a consciência da condição humana, resultantes de uma filosofia de vida, devem estar presentes na missão de ensinar.
Há ainda um outro aspecto a ser salientado. Não é só o aluno o beneficiado quando o professor se empenha em ensina-lo a viver. O professor também aprende... Se o bom aluno é uma recompensa, o difícil é um desafio que nos impulsiona a analisar nossa atuação e buscar, em nós mesmos, a razão dessa indiferença. As palavras de Paul Valery ilustram bem essa situação: “Todas as atividades do espírito cessariam se os jovens ficassem, um dia, contentes com o que existe.” Então, por que não oferecer ao jovem inconformado uma nova abordagem do que ensinamos e, com ele, também crescer?
Daí a minha crença: Vale a pena ser professor!

Um comentário:

Anônimo disse...

lINDO E VERDADEIRO, HEBE.
vALEU A PENA OS 32 ANOS QUE PASSEI EM SALA SE AULA, DO FUNDAMENTAL À UNIVERSIDADE!
APRENDI MUITO.....